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18maio2016

Xô, entulhos!

Xô, entulhos!

 

Sempre é tempo para eliminar objetos sem utilidade ou indesejados nas residências. Além disso, muita gente comprou ou ganhou novos objetos para a casa no fim do ano. Com isso, móveis, eletrodomésticos e diversos outros utensílios substituem os antigos, que precisam ser descartados, ampliando assim o volume de lixo nos condomínios.

De acordo com o diretor de operações da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), Marius Bagnati, a Lei nº 12.305, que estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, diz que todos os indivíduos da cadeia econômica, desde a indústria, o comércio, serviços até os consumidores, são responsáveis pelos resíduos que produzem. “Se, em um condomínio, estão sendo gerados resíduos volumosos como refrigeradores, sofás, por exemplo, o condomínio deve dar o destino adequado. Isto inclui a contratação de uma empresa credenciada que leve esse material para um ponto em que possa ser reaproveitado e, só então, descartado”, esclarece.

Segundo Marius, a Comcap pode ser contratada para o serviço mediante remuneração. “Também colocamos à disposição da população a rede de pontos de entrega voluntária (PEVs). Hoje são três locais, implantados nos bairros Itacorubi, em Capoeiras e no Monte Cristo, e logo serão cinco com a abertura de dois novos PEVs em Canasvieiras, no Norte da Ilha, e no Morro das Pedras, na região sul da cidade”, comunica Bagnati. O diretor explica que, nestes locais, é permitida a entrega de até um metro cúbico de resíduos por cidadão. O material coletado será reaproveitado depois pela indústria.

Criatividade e boa vontade

Síndico do Condomínio Residencial Marbella, Carlos Brasil explica que muitos moradores doam objetos usados aos funcionários terceirizados e ao zelador e que isso se ampliava no período de final de ano de uma forma que o volume e a necessidade não estavam mais caminhando juntos para os 80 apartamentos e seis colaboradores do edifício.

Com isso, sofás, mesas, bicicletas, aparelhos de ar condicionado e caixas de proteção, secadoras de roupas, máquina de lavar de louças e outros objetos que poderiam ficar estocados no edifício por, no máximo, até uma semana, começaram a acumular em áreas como o depósito dos materiais de limpeza e o salão de festas, relata Brasil. “Para o morador é um descarte fácil, pois não necessita pagar o transporte, que custa em média oitenta reais”, comenta o síndico.

Segundo Carlos, houve inclusive um problema no elevador que só foi verificado ao subir na casa de máquinas e ver que existiam até cadeiras de praia e pneus depositados no local. A solução encontrada por Carlos foi disponibilizar um papa-entulho durante quatro dias, para o descarte dos materiais. O síndico comunicou através de cartazes que todos os objetos que estivessem depositados nas áreas comuns do condomínio teriam um prazo para resgate, caso contrário, seriam descartados. “A ação foi sucesso total e o investimento foi de apenas cento e noventa reais. Muitos objetos não ficavam 15 minutos dentro da caçamba de entulho, pois pessoas de outras comunidades recolhiam para uso ou reciclagem”, descreve Carlos.

De acordo com Carlos, a ação ajudou a organizar o ambiente, reciclou o material e também ajudou a comunidade. “Pretendemos adotar esta medida todo ano. Além disso, no condomínio possuímos ainda lixeira específica para pilhas e baterias, coletor de óleo de cozinha, lixo orgânico, lixo reciclável, e captação da água da chuva”, diz o síndico.

 

Por Graziella Itamaro

  • 18 maio, 2016
  • patrimonio
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