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09nov2015

Como reduzir custos e garantir o pagamento das taxas de condomínio

O aumento das taxas de manutenção de conjuntos residenciais fazem moradores pensarem em alternativas para reduzir os gastos coletivos

Como reduzir custos e garantir o pagamento das taxas de condomínio  Arte/Arte ZH

Foto: Arte / Arte ZH

Mais amargas que mate de vizinho, as taxas de condomínio viraram preocupação para os moradores de conjuntos residenciais.

O aumento do desemprego e o parcelamento de salários do funcionalismo estadual em alguns meses trouxeram a fatura ao debate em reuniões e assembleias.

— Existe uma preocupação bem grande com esse custo. Reduzir gastos com portaria e vigias, por exemplo, virou uma obsessão para alguns condôminos — explica Andréia Vendruscolo, advogada da administradora Casa dos Síndicos, que faz a gestão de 350 conjuntos residenciais na Região Metropolitana.

Ao mesmo tempo, a alta no preço da energia elétrica e em serviços como jardinagem e faxina aumenta o desafio de equilibrar o orçamento. Como contrapeso, parte dos síndicos tem substituído guardas pelo monitoramento por câmeras, que reduz o gasto com segurança em 70%. Mas nem todos estão dispostos a abrir mão dos vigias.

— Estamos reavaliando onde distribuir as câmeras e a iluminação para ver se vale a pena reduzir a ronda noturna — diz João Vertuoso, síndico do condomínio Las Brisas, em Canoas, com 385 apartamentos.

Repartindo um custo mensal de R$ 120 mil, os moradores do Las Brisas passaram a discutir formas de economizar energia e água. Começaram limitando a iluminação nas quadras esportivas e passaram a aproveitar mais a água do poço artesiano do conjunto para cuidar dos jardins, por exemplo.

— Com algumas mudanças e a colaboração de todos, poderemos baixar um pouco a conta neste ano — prevê Vertuoso.

Parte dos condomínios no Rio Grande do Sul decidiu congelar reajustes e chamadas extras neste ano, e alguns síndicos têm sido mais tolerantes com proprietários em aperto ao evitar acionar cobrança extrajudicial quando há atrasos acima de 30 dias.

O cenário econômico ainda não causa aumento das taxas de inadimplência em Porto Alegre – ao contrário de São Paulo, onde os caríssimos condomínios-clube passaram a padecer com um salto nos calotes. Conforme o sindicato das imobiliárias no Estado (Secovi/Agademi), os atrasos na Capital se mantém entre 11% e 12% desde o início do ano, taxa considerada normal.

OPÇÕES PARA ECONOMIZAR

ÁGUA

-Trocar a mangueira pelo regador para molhar o jardim, a fim de evitar vazão excessiva de água.
-Optar pela vassoura para limpar a calçada e o pátio diminui o gasto de quase 300 litros de água a cada
15 minutos.
-Avaliar a possibilidade de abrir um poço artesiano, que possa prover água para uso comum dos condôminos.
-Também dá para economizar na piscina evitando a evaporação, cobrindo-a com uma lona. A cobertura pode reduzir a perda de água em 90%.

LUZ

-Trocar lâmpadas incandescentes ou brancas pelas de Led, que são bem mais econômicas, embora custem um pouco a mais. A economia se dá
a partir do terceiro mês.
-Instalar lâmpadas com sensores de movimento, para evitar que alguém esqueça a luz da garagem ou do corredor acesa a noite toda.
-Estabelecer horários para a iluminação da sala de estar no térreo, de quadras esportivas e salões de jogos.

SEGURANÇA E PORTARIA

-Substituir a portaria presencial pela virtual, com circuito de câmeras e central de monitoramento.
-Melhorar a distribuição da iluminação e reduzir os pontos de entrada no condomínio, o que pode diminuir a necessidade de vigias.

LIMPEZA

-Monitorar de perto a compra e o uso de material de limpeza, para evitar desperdício ou extravio.
-A compra de material deve ser para poucos meses, para que os produtos não corram o risco de se deteriorar.
-Comparar o custo de serviço próprio ou terceirizado e avaliar se é necessário manter equipes diárias, principalmente nos pequenos condomínios.

NÃO CONSEGUI PAGAR. E AGORA?

-Pela lei, o condômino inadimplente fica sujeito a juros de 1% ao mês (ou outro valor anteriormente convencionado), além de multa de até 2%
sobre o débito.
-Em casos extremos, um acúmulo de atrasos pode ir parar na Justiça e resultar na penhora do imóvel.
-Existe uma discussão no Judiciário em torno de alguns direitos de quem não paga – se pode ser impedido de usar serviços do condomínio como água e gás, salões de festas e até elevadores.
-Em caso de impossibilidade de pagar em dia, o ideal é comunicar anteriormente o síndico e explicar a situação, buscando uma alternativa. É ele quem orientará a Administradora a fazer cobrança extra ou judicial.
-Dívidas grandes podem ser renegociadas e pagas em parcelas. Não há possibilidade de desconto no valor bruto, pois corresponde a despesas já pagas.

FONTE: Portal dos Condomínios, Sindiconet, Casa do Síndico. ZH

  • 9 nov, 2015
  • patrimonio
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